No futebol, tem uma frase que sempre que fazem uma jogada ou um gol que não se ve todo dia. Costumam brincar, esse dá vontade de sair e pagar outro ingresso pois só esta jogada valeu pelo jogo inteiro. Pois bem, Batman – Cavaleiro das Trevas é assim, o problema é que a cada cena eu teria de sair e pagar outro ingresso, o que cá entre nós não sairia barato. Este ano tivemos muitos bons filmes, entre eles Homem de Ferro e Wall-e, no entanto este filme do Homem Morcego é o que podemos chamar de a obra definitiva dos filmes que tiveram inspiração nas histórias em quadrinhos. A partir de agora temos um novo patamar neste quesito, esqueçam as adaptações anteriores. Fica aqui o registro, lembram daquelas adaptações de Batman feita por Tim Burton e por Joel Schumacher, esqueçam, apaguem da memória que aquilo um dia existiu.
Batman o cavaleiro das trevas é o que podemos chamar de o melhor filme de quadrinhos produzido neste século, quem me conhece sabe que sou super crítico em relação a filmes e adaptações em geral, pois sempre acho que a obra original tem mais carga dramática e mais impacto pelo ineditismo do que uma adaptação muitas vezes feita pra ganhar um trocado a mais.
Quem viu Batman Begins notou algumas falhas, alguns erros de enquadramento, uns pequenos furos no roteiro e na direção, mas cá entre nós nada que o impeça de ser um filme acima da média. Mas agora comparado com o segundo filme dirigido por Christopher Nolan o torna simplesmente um bom filme, tamanha a evolução nos quesitos que deixaram a desejar. Não sei o que as outras pessoas no cinema acharam mas eu com meia hora de filme simplesmente colei na cadeira e não conseguia piscar, de vez em quando respirava. O filme tem duas horas e meia mas você não percebe, tudo acontece com uma fluidez, uma naturalidade que impressiona.
A história do filme é muito mais inteligente do que o que se vê nos trailers, onde o tema é matar o Batman, o filme trata da essência boa ou má das pessoas, é algo que me lembra a ida ou não para o lado negro da força de Luke Skywalker em Star Wars. No fim do filme, mesmo o Coringa tendo sido capturado, a gente sai com um nó preso na garganta pois no fundo você sente que de certa forma ele venceu.
A escolha do elenco é um caso a parte, pois é perfeita, você não consegue imaginar outras pessoas nos respectivos papéis de Batman (Christian Bale), James Gordon (Gary Oldman) e do promotor público Harvey Dent (Aaron Eckhart), Coringa (Heath Ledger), aliás a atuação deste último é algo de antológico, daqui a vários anos vão citá-lo como um dos maiores vilões deste século que está apenas começando, a cena onde ele sai do hospital detonando literalmente tudo, é algo de inimaginável. Outras boas escolhas de elenco são Michael Caine como o mordomo Alfred; e Morgan Freeman Lucius Fox. O único erro de escolha de elenco foi Rachel Dawes (Maggie Gyllenhaal) não que ela seja ruim, mas diante de tantas atuações irrepreensíveis , pareceu destoar.
Repito aqui o que andei lendo por aí, e concordo plenamente, os produtores de Batman O Cavaleiro das Trevas ficaram com um pepino na mão pois, a atuação do Coringa foi tão magistral que não dá pra colocar um outro ator fazendo o papel, e um filme com essa categoria sem um Coringa tão perfeito é impossível. Depois de tudo isso a nota só pode ser 10.
Faber
A resposta do seu comentário está lá, nos comentários do mesmo post. Beijos.
[…] Ele: – Não, melhor filme não. O melhor filme é “The Dark Knight”. […]